Quem você pensa que é?

Quem você pensa que é?
Brasileira, mulher.

MOVA - SE

Quando pisar por aqui perca-se no tempo
A idéia do movimento contínuo
Tempo sem quebras
Movimento sem paradas
E sempre novos ares

que levam seus grãos de areia.



3 de outubro de 2008

Upa, quem disse Viva


Esse lugar tem cara de Alagoa Secca?
Tem lagoa, e um passado vivo, úmido,
de suor, lágrimas e alegrias
Eita história atrevida
Vida mata
zona seca
pernambuca nordestina
Upatininga

20 de agosto de 2008

Pazeando na caosaldinha


Você já ouviu falar em Paz?
Não se fala dela.
Você já pensou na Paz?
Não se pensa nela.
Mas cuidado
Ela vem e chega pra ficar
Acomoda os sapatos na lareira
pra secar o mofo
Larga a mochila no sofá
e faz aquela zona na sua cozinha
Zona, paz
Combina?
Sim
Aí que tá
no não tá
No não se encaixar
desencaixotando a Paz
porque Paz e Amor
vou te contar, aprontam cada uma.
Antes eram hippies
Hoje, vixe,
tão por aí
Muito mais acessível
e dão na terra seca que nem maxixe!


30 de julho de 2008

Inverna


Se saí
Devia ter ficado
Às vezes queria viver numa caverna...
Ou que a caverna vivesse em mim

Inverna
Inverno
Inberna
Inverte





14 de julho de 2008

Casfundó de mente



Sem dó casa mente
Com semente semi plantada
arde a mente
cansa a rede
enche de água quente


Casfundó de mente
confundo só
e somente
casa cheia de clementes
quanta gente

não me entendem
sentem
eu, inconsequente
apenas, um espaço, somente

Confudi sementes
misturei solvente
dissolvi o diferente
desprezei o presente

Ausente
somente
Casfundó da mente
Ai que demente
Leite quente dá dor no dente
Da frente

Enfrente
o diferente
Se ausente
se não der
Invente

Perdi a pose, novamente!
Acontece. Passa. Renasce.
Somos , afinal de contas:
Sobreviventes.

22 de junho de 2008

Eu quem era eu, talvez eu saiba um dia ser eu

Já pensaram
Em todos os seus eus.
Eu?
Imagine só!
Nem sei quem sou eu.
Quem me dera conseguir pensar tantos eus.
Num mesmo eu.
Euzinha mesma?
Sozinha, tendo que pensar tanto em mim?
Quer dizer, em tantos mins?
Mim não ser capaz.
Tento dar conta de uma.
Aquela que gosta de verdura, tapioca potiguar e bolo de milho.
Isso sim!
Mas mim que não gosta. Eu que não quer. Eu e mins que vou te contar.
Nem pensar.
Basta eu, já tá bom né.
Mim que ri d'eu
Eu que chora de mim.
Me deixem só.
Sou assim,
e por ela sou da paz.
Sem eus ou mins
pra se ter dó
ou abrir asas pro azar.
Vai que os eus se confundam com os outros!




18 de junho de 2008

Pisando Fora: homenagem ao morro


E saí do ovo entrando no mundo
Quem disse que ali se acaba o fim
Primeiro cheguei e subi ladeira
Fiquei lá no castelo
Visão panorâmica cinematográfica

Muito bom


Mas cheiro de novo tinha que descer
Desci

Pisei no mundo de cá
De caos
Da lama ao caos

Vim pra onde os comerciantes fundaram livre: Recife
Até mais Olinda...agora só diversão
Os nobres, cobres e pobres que me perdoem
Mas a visão de baixo é mais perto do chão
E terra é bom
Não se afundando
Tá tudo legal
Tá tudo de real
Dona Cila que canta:
É lá no morro que é lugar de tirar onda
Beber cachaça, assoviar e esticar a lombra.

Viva Pernambuco, meu senhor!
Viva o Mundo, meu senhor!

20 de maio de 2008

Santo de casa faz milagre!!


Olha o tamanho do Santo!

Imagina só o Milagre...


Acenda uma vela faça um pedido
E depois agradeça

Ao Santo de Casa

Santa Casa
Da Misericórdia
Da Concórdia

Faça seu pedido e agradeça
mesmo que ele não aconteça
pois o que vale é a inteção

A educação

Quem sabe não tem um Santo Ético

Valeu Marias
Três Marias
Estrelas do Céu
Torre de babel



22 de março de 2008

Escolhas: mude seu passado


Você já pensou em seguir pelo outro lado?
A gente veio dali, mas podemos seguir por ali.

Quantas vezes você olhou para trás e viu suas pegadas.

Tortas
Marcadas
Ativas, mudando o cenário
Quase apagadas
Retas

Sem escolhas


Olha a areia do seu mundo
Você passa e fica lá
Só muda se a onda do mar vir
Se a maré subir
Se o vento soprar forte
Faça um furacão e mude seu passado
suas escolhas
suas pegadas

Será possível?

Sim, interpretações.

Sem complicações
Olhe e mude
lembre e apague
guarde na memória e bote fogo
Só não esqueça de guardar as cinzas
elas vão contar o que você não quis mais ser
Escolhas de um passado reescrito

Nasce verde, cresce amarelo e morre cinza
Nascem novamente azul
É o espírito de páscoa cristã.
Ressureição
Não
prefiro: reconstrução.
Mais real.

Solidão


Olhar para algum lado e não ver
Não poder andar mais de mil km
Não poder controlar o termômetro
Não poder.
Solidão

Nem tudo podemos
Mas
Queremos
Lutamos
Transformamos
Destino, quem faz?
Alguém

Compreender a impotência
impotentes adultos
que vivem numa bola de cultura
sai de mim uruca da história
Mude agora. Tudo, se possível.


17 de março de 2008

Caminhos






Andei

De uma ilha distante avistei
ondas de sensações
de uma Lua nascendo
de um Sol poente
de uma barco indo
um fim de trabalho comprido

profundo, sem fim

Águas grandes que na barra dormiram
Um avião, um carro, uma balsa, um barco, um abraço

Quantos caminhos

Lindo mundo de ontem
Fantásticos mundos de outrem
Paisagens belas de amanhã

Quantos caminhos

Belos Brasis bahianos

Nascem uns por aí
Sabem aqueles que te veêm.












26 de fevereiro de 2008

Você sabe o que é um ganzá ou mineiro?


Pois é, o tradicional cavalo marinho de Condado também sabia e tocava esse instrumento fazia tempo, mas parece que ultimamente eles estavam sem um bão....de doações que se vive a cultura popular pernambucana. Assistencialismo barato e alimentar para esse povo......elementar meu caro amigo, elementar....pelo menos eu não acho que "the culture" é estática.....vamos lá buscar, pesquisar e blá, blá, blá...vai indo na frente que eu vou buscar o rabequeiro......
Welcome to Brasil my lords.....

13 de fevereiro de 2008

A Lua e o Jegue ( Cap. 1)




Seria a Mula e o Jegue ou a Lua e o Jegue?










É a Lua, pois esse Jegue era tão estranho que nem mesmo tinha Mula.
Vocês sabem que, se tem dinheiro e é turista consegue chegar no vilarejo em 2 horas, mas gente comum ou turista sem dinheiro, chega em 5 horas no barco local.
Você, a menina que acabou de fazer um aborto, a outra que deixou o filho e agora amamenta o filho da outra pro peito não estourar; as duas gringas de mochila, colares e óculos escuros; os 10 tiozinhos que vieram fazer alguma coisa por lá, e as outras 15 tiazinhas que vieram pro posto de saúde, pro mercado, pra farmácia, para fazer coisas que existem em uma cidade normal.
E o Sol né.....pense em um tempo quente....mas daí como o Jegue chegou lá.
Na verdade, ele vem de uma safra de um pessoal que já morava por lá. Lá, ali, bem pertinho. Depois das duas dunas maiores, vc vira inclinado pra direita, corta mais 3 dunas daí vc começa a enxergar um pouco de verde, chegando mais perto começa a ver um pouco de água (que só tem em épocas certas e se continuar a chover).
Mais perto ainda, se a luminosidade do sol refletindo na areia te permitir, vc observa, além do verde, os coloridos, flores, galinhas, jegues, cabritinhos e gente.
Parece que ele veio daí, filho do jegue pai e da mãe mula manca. Infortúnios, a mãe era mula e manca, mesmo assim o Jegue sobreviveu e nasceu em terras onde seria útil.
Porque a vida é assim né gente, se você não serve pra alguma coisa no lugar onde vive, já viu, né: tá fudido!

12 de fevereiro de 2008

Quero ver....


Enquanto isso em Condado, onde está o Mamulengo.

Abertura do carnaval


Depois o que aconteceu.....sem registros.....só sei que o buraco sumiu

25 de janeiro de 2008

Silêncio


O último desliga o som.....

24 de janeiro de 2008

A história em capítulos


A Lua e o Jegue (introd.)


Se nasce na terra que tem chão, conhece um jegue
No nordeste vale pouco
Em Balsas parece que por 50 reais se tem um
Sem imposto, o coração bate e o bicho carrega tudo
Interessante, mas esse é um personagem
A outra é uma conhecida antiga
A Lua.
Posso dizer, sem dúvida, que ela é a protagonista.
Mas será mesmo?
Ultimamente tudo que era certo virou avesso.
O que eu quero dizer é que
A história vai ser da Lua e o Jegue.
Romance que se deu num lugarzinho que quase cai no mar
Atins.
- Saúde!
Nãoooo, isso não é um espirro.
Esse é uma pequena grande vila de pescadores
Fica lá, bem lá
No lugar onde o Boi encanta
E o povo se farta de camarão.
Ai, esse Maranhão.

Com quem pulas carnaval?


Aqui era assim...


11 de jan de 1911, Nazaré da Mata, Pernambuco.

Rugas


Resguardo


Não roa unhas


Rasgue o verbo


Role o bolo de rolo


Muitas cartas régias


Ruas de folias


E uma tímida ruga de trinta


Misericórdia


Essa é a lamentação da subida


E a minha gostosa lástima


Rapaz,


Rigoramente vou sair da ratoeira dos vinte


Reza a lenda.




Sopro


Assopre


voe


não fique no mesmo lugar por muito tempo


areias


numa duna


ventania


mas sempre construindo montanhas


montanhas andantes